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TRANSFIGURAÇÕES

A transfiguração das imagens se tornou imprescindível nas exposições das máscaras quando a proposta é imersiva, quando o expectador explora com o próprio corpo um labirinto de imagens translúcidas. As transfigurações se dão, quase sempre, por sobreposição, quer pela incidência da luz nos tecidos ou pela sobreposição de arquivos que antecedem o processo de impressão.

Pensando em como transferir esse conceito às imagens estáticas, destinadas a frieza das paredes, as transfigurações se aprestaram na forma de cortes secos, por quadrantes de máscaras separados por um pequeno sulco na forma de cruz. Mesmo não havendo a imersão dos corpos em uma foto instalação, a exploração se faz presente pelo olhar dos espectadores, que por identificação quer por projeção de seus referentes diante das imagens, como num jogo inverso de quebra cabeças a reconstruir o que fora construído, desconstruído e reconstruído sucessivamente.