Faz-se em Cores

O contra ponto de viver a inércia.

OS OLHOS DE ABREM, AS CORES SE FAZEM

A proposta de estender o processo de captação e torná-lo itinerante, possibilitou o desmembramento do projeto, e a criação de outras abordagens dentro da mesma narrativa. As fotografias que antecedem o fechar dos olhos dos fotografados, momento exato em que expressam seu contato com o ambiente hostil da banheira. Num primeiro instante, essas fotografias eram somente fragmentos dos registros do processo, porém percebeu-se quão importante eram as diferentes reações, a partir de uma espécie de estalo, um catalisador que contrapunha à crítica do projeto, e de certa forma se instaurava no propósito primeiro de abrir os olhos para vida e percebê-la de outras maneiras. Assim, essas fotos ganharam cores e passaram a representar o contraponto entre viver uma inércia e renascer para o mundo. Os olhos se abrem, as cores se fazem, uma nova significação da vida pelo romper de uma rotina. A exposição dessas fotografias, são sempre atreladas ao processo de lambe-lambe, e comumente feita na forma de mutirão, por isso são também uma oficina e o objetivo do projeto é torna-la comunitária.