Vivenciar e apreender os processos de concepção de qualquer projeto sempre são determinantes aos resultados que serão obtidos. Quando esses processos são estendidos aos participantes, na forma de uma experiência sensorial, os resultados se dissociam das metas e passam a ser consequências de diferentes diálogos e alinhamentos. Despir-se literal e metaforicamente, deitar-se em uma pequena piscina com água fria e gelo seco, com os sentidos postos à prova, transcende qualquer expectativa quanto ao que será o resultado, (Tato comprometido pela água fria, a audição tamponada pelo volume de água, a visão interrompida pelos olhos fechados, o paladar e o olfato suplantados pela necessidade única de respirar - o que metaforicamente configura um “boot” perceptivo). A entrega à proposta, determina a potência que as representações assumem ao final do processo, nesse sendo, cada pessoa que se aventura a participar, gera um diálogo pessoal com a experiência pela projeção de seus referentes, e por algum instante, importa apenas estar lá, participar, compartilhar o que sentiu sem idealizar seu retrato que acabara de ser produzido, ainda que latente. Em outras palavras, experimentar a proposta é uma oportunidade de reavaliar e abrir a percepção.